Apresentação acontecerá em São Paulo no sábado, 12 de novembro e contará com repertório com grandes pérolas da música brasileira
Dia 12 de novembro (sábado) entrará pra história do Espaço Unimed. É nesta data que Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto regida pelo Maestro Rodrigo Toffolo se apresentam em uma das principais casas de shows do Brasil e lançam o segundo capítulo da parceria em São Paulo. O material, gravado ao vivo na Casa de Música do Porto, em Portugal, chega com o desafio de trazer ao público uma nova e surpreendente experiência.
Com novos e complementares temas, arranjados por Mateus Freire, “Valencianas II” dá sequência ao projeto que transpõe as criações de Alceu para a música de concerto. O álbum estará disponível a partir de 26 de agosto nas plataformas de streaming, seguido de uma série de apresentações em diversas cidades brasileiras.
A primeira parada será no Rio de Janeiro e dá o tom da grandiosidade do projeto. No dia 28 de agosto, às 18h, na Praia de Copacabana, o músico pernambucano e a formação mineira prometem embalar e encantar o público com canções que marcam a história da música brasileira. A apresentação é gratuita e conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Em seguida, chega em São Paulo, no Espaço Unimed.
O concerto ressalta os elementos seminais da canção nordestina presentes na obra do compositor pernambucano e seu diálogo com outros gêneros, como o fado e a bossa, adaptados à linguagem camerística. Valencianas II reafirma o conceito abrangente e inovador iniciado nos premiados álbum e DVD, vencedores do Prêmio da Música Brasileira, em 2015.
Registrado numa calorosa noite do inverno português, o novo projeto acrescenta outros clássicos do repertório de Alceu, como “Taxi lunar” (parceria com Geraldo Azevedo e Zé Ramalho), “Papagaio do Futuro”, “Solidão”, “Na Primeira Manhã”, “Tesoura do Desejo”, “Pelas Ruas que Andei”, “Como Dois Animais”, entre outros.
Se o ambiente lusitano inspira a toada “Borboleta”, conectada ao fado “P da Paixão”, o componente Ibérico-mourisco se estende ainda a “Dia Branco”. Enquanto “Samba do Tempo” evoca a Bossa Nova, a recente “Eu Vou Fazer Você Voar” plana sobre a afro-brasilidade. A exemplo do primeiro volume, o número de abertura do concerto é uma suíte orquestral, onde temas diversos de Valença são adaptados pelo arranjador Mateus Freire.
“Alceu é um ícone da música brasileira por sua eterna ousadia e contemporaneidade. Por isso acreditamos que estava mais uma vez na hora de associarmos sua abrangência à versatilidade da Orquestra Ouro Preto”, destaca o maestro Rodrigo Toffolo.
“Valencianas é um projeto belíssimo, que traz este viés erudito para a minha obra. O concerto me dá a chance de ser o Pavarotti da Orquestra Ouro Preto (risos). Cantar com a OOP é realmente maravilhoso. Me sinto no paraíso”, saúda Alceu Valença.
“Valencianas II” tem direção de palco e cenografia de Paulo Rogério Lage, também produtor e idealizador do projeto. A iluminação é de Pedro Pederneiras, com gravação, mixagem e masterização de Bruno Corrêa. O concerto foi inteiramente registrado na Casa da Música, no Porto, em 20 de janeiro de 2020
Os ingressos para esse encontro, que lotou as salas de espetáculos de todo o país em sua primeira versão, já estão à venda e podem ser adquiridos online ou através das bilheterias do Espaço Unimed.
Histórico
Valencianas, a primeira edição do espetáculo, foi concebida em 2010 para celebrar os 40 anos de carreira de Alceu Valença, fruto do encontro com Paulo Rogério Lage, que há tempos planejava proporcionar contornos orquestrais à sua obra, juntamente com o maestro da Orquestra Ouro Preto, Rodrigo Toffolo, e o homenageado.
Até então, o trabalho do cantor e compositor pernambucano não havia recebido tal tratamento, o que representou uma experiência inédita na carreira de Alceu. O sucesso da parceria foi absoluto, levando milhares de pessoas a teatros e praças no Brasil e em Portugal.
Com a gravação do CD e DVD “Valencianas: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto”, em 2014, o trabalho, elogiado pela crítica e festejado pelo público, ganhou o Prêmio da Música Brasileira em 2015, como melhor disco de MPB, categoria de maior prestígio da tradicional premiação. Já nas mídias sociais e em aplicativos de streaming, o sucesso da parceria alcançou números inimagináveis, tanto para artistas da MPB, quanto para Orquestras.
A Orquestra
Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo jovem vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. A orquestra foi criada em 2000 e seu trabalho é marcado pelo experimentalismo e ineditismo.
A essência da Orquestra Ouro Preto está em tornar a música de concerto acessível e interessante ao público, tirando a música erudita das salas de concerto e levando até o público em um exercício de popularização do estilo. Por isso, maestro e músicos estão sempre atentos à tarefa de desmistificar o estilo, tornando-o atraente aos ouvidos de todos.
A fórmula escolhida pela Orquestra Ouro Preto para isso é a junção entre a excelência e a versatilidade, a mistura entre o clássico e os estilos mais populares, fazendo um encontro milenar da música clássica com o rock, a MPB e até o hip hop, linguagens amplamente difundidas e repletas de contemporaneidade.
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